Biografia do Feijão
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Phaseolus
Espécie: P. vulgaris
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae
Género: Phaseolus
Espécie: P. vulgaris
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Feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) |
Até hoje não há uma certeza da origem da planta, nem quando começou a ser cultivada pelo homem.
Algumas evidências apontam para a região da Mesoamérica como o centro de origem da planta e a sua domesticação, à cerca de 7000 anos a.C., visto que cultivares selvagens foram encontradas nessa região, especificamente no México, e supõe-se que a partir dessa região, a cultura teria disseminado para toda a América do Sul.
Algumas evidências apontam para a região da Mesoamérica como o centro de origem da planta e a sua domesticação, à cerca de 7000 anos a.C., visto que cultivares selvagens foram encontradas nessa região, especificamente no México, e supõe-se que a partir dessa região, a cultura teria disseminado para toda a América do Sul.
Existe outra corrente de pesquisadores que sustentam a hipótese de que a origem e domesticação da planta teriam ocorrido no Peru há cerca de 10.000 a.C., baseada em achados arqueológicos, e dali, a cultura teria sido disseminada para a parte norte da América do Sul.
Pesquisas moleculares efetuadas ao gene Phs, o codificador da proteína faseolina, sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética, tanto para espécies silvestres como para as cultivadas:
1 – O feijão mesoamericano, que se estende desde o Sudeste dos Estados Unidos até ao Panamá, focando o México e a Guatemala como zonas principais. Nessa região terão surgido as variedades de grãos pequenos, como o feijão “Carioca”;
2 - O feijão do sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até às províncias do Noroeste da Argentina. Daí teriam originado as variedades de sementes grandes, como o feijão Jalo;
3 – O feijão do norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela até ao norte do Peru. Os cultivares desta região teriam características intermediárias das variedades anteriores.
Apesar de não haver consenso sobre estas origens, os pesquisadores concordam com a teoria que nos diz que a origem do feijão é do Continente Americano. Se bem que existem variedades consideradas secundárias espalhadas por outros continentes como a África, a Europa e a Ásia.
A importância do feijão na alimentação humana é comprovada em relatos que remontam aos primeiros registos históricos de que se tem notícia. O feijão era cultivado no Antigo Egito e na Grécia, onde recebiam cultos em sua homenagem, por serem considerados símbolo da vida. Já os antigos romanos usavam feijão nas suas festas e até como forma de pagamento das suas apostas.
Muitos estudiosos atribuem a disseminação do feijão pelo mundo às grandes guerras, pois tinha uma importância fundamental na dieta dos guerreiros. Também as grandes explorações ajudaram a disseminar os hábitos alimentares, levando a cultura do feijão a diversas partes do mundo.
Há ainda quem considere a introdução do feijão na Europa como um dos mais, senão o mais importante facto do milénio, pois o cultivo deste vegetal muito rico em proteínas trouxe uma revolução alimentar benéfica às populações europeias, como adianta Umberto Eco, conceituado intelectual italiano, autor do livro “O Nome da Rosa”.
Comparado a outros vegetais como a batata e o milho, trazidos do Novo Mundo por conquistadores portugueses e espanhóis, o feijão, trouxe uma fonte de proteínas até então só disponíveis na carne que estava reservada às classes mais abastadas.
Registos da cultura de feijão no Centro de formação do Areal Gordo - Faro, no âmbito da atividade integradora do curso EFS NS - Técnico de Produção Agropecuária (2015/2016)
CADERNO DE CAMPO
Cultura do
Feijoeiro
(Produção Integrada)
(Produção Integrada)
Ano de atividade: 2016
Curso de
Técnicos de Produção Agropecuária
Identificação do Grupo
Formandos: António Aço e Cristóvão Parreira
Identificação da exploração
Local: Serviço de Formação Profissional de Faro –
Areal Gordo
Identificação da parcela
Localização: Areal Gordo
Área: 319m2 (Ar livre) –
Largura 11 m * Comprimento 29 m
Variedades: Feijão raiado
(Catarino), Feijão Garrafal Enana, Feijão Perolar
Tipo de rega: Gota-a-gota
Cultura anterior: Batata-doce
Sementeira
Variedades: Feijão raiado (Catarino), Feijão Garrafal
Enana, Feijão Perolar
Feijão
raiado
·
Data da 1ª
sementeira: placas de sementeira em viveiro 03/02/2016
(816 sementes das
quais germinaram cerca de 100 que foram repicadas no dia 16/03/2016)
·
Data da 2ª
sementeira: placas de sementeira em viveiro 02/03/2016
(165 sementes)
·
Data da 3ª
sementeira: sementeira direta 16/03/2016
·
Data da
plantação: 13/04/2016 (0,20m entre
plantas * 0,90 m entrelinhas * 29 m comprimento)
Feijão
Perolar
·
Data da sementeira:
sementeira direta 31/03/2016
3 Sementes por
covato (0,20m entre plantas * 0,90 m entrelinhas * 6 m comprimento)
Feijão
Garrafal Enana
·
Data da
sementeira: sementeira direta 31/03/2016
3 Sementes por
covato (0,20m entre plantas * 0,90 m entrelinhas * 2 m comprimento)
Produção
Uma vez que a cultura do feijão não correu da
melhor forma, devido a várias circunstâncias, não podemos apresentar
conclusões. Como tal, por falta de dados conclusivos, escolheram-se algumas plantas
mais vigorosas que apresentavam um estado mais saudável, com maior número de
vagens e de maior calibre, resultando nas seguintes considerações finais relativas à cultura das diversas variedades de
feijão:
Densidade de plantação para todas as
variedades (0,20m * 0,90m = 0,18m2/planta)
Feijão raiado (Catarino e Manteiga) - 729
plantas
(729 plantas x 0,18
m2) / 1 planta = 131,22 m2
15 Vagens por
planta, 6 sementes por vagem = 90
sementes/planta
Peso de 0,53 g/semente
(seco) * 90 sementes = 47,7 g/planta
(131,22 m2
* 47,7 g) / 0,18 m2 = 34,7733
kg/m2
(34,7733 kg/m2
* 10,000 m2) / 131,22 m2 = 2650 kg/ha
(49 plantas x
0,18 m2) / 1 planta = 8,82 m2
40 Vagens por
planta, 6 sementes por vagem = 240
sementes/planta
Peso de 0,63 g/semente
(seco) * 240 sementes = 151,2 g/planta
(8,82 m2
* 151,2 g) / 0,18 m2 = 7,4088
kg/m2
(7,4088 kg/m2
* 10,000 m2) / 8,82 m2 = 8400 kg/ha
Feijão Perolar – 42 plantas
(42 plantas x
0,18 m2) / 1 planta = 7,56 m2
15 Vagens por
planta, 6 sementes por vagem = 90
sementes/planta
Peso de 0,58 g/semente
(seco) * 90 sementes =52,2 g/planta
(7,56 m2
* 52,2 g) / 0,18 m2 = 2,1924 kg/m2
(2,1924 kg/m2
* 10,000 m2) / 7,56 m2 = 2900 kg/ha
Preparação do terreno
·
02/03/2016 -
Escarificador
·
09/03/2016 -
Fresa
·
16/03/2016 -
Colocação das manguinhas de rega e sementeira
Sementeira
A sementeira do feijão foi efetuado a seguinte
forma:
(As sementes de feijão raiado foram
aproveitadas de culturas anteriores e grande parte estavam furadas pelo gorgulho)
·
Para a 1ª
sementeira em placa, não foi feita a triagem às sementes.
Taxa de germinação muito baixa, não se
determinou a razão pela qual tal aconteceu, havendo a possibilidade de:
- Excesso de água (rega excessiva e
apodrecimento das sementes);
- Apodrecimento das sementes devido aos danos
causados pelo gorgulho;
·
Para a 2ª
sementeira em placa foi efetuada a triagem das sementes.
Taxa de sucesso também foi muito reduzida.
Desta vez a causa aponta para o excesso de água e posterior apodrecimento das
sementes.
(Não foi utilizado qualquer fertilizante,
pesticida ou fungicida, para ambas as sementeiras em placa)
As sementeiras foram efetuadas utilizando uma
mistura de substrato com turfa loura e perlite.
A 1ª sementeira foi efetuada em placas de
esferovite de 102 alvéolos.
A 2ª sementeira foi efetuada em placas de
plástico de 45 alvéolos.
Para
a sementeira direta, fez-se uma triagem e foram utilizados nas primeiras 8
linhas, feijões inteiros, sem danos visíveis. Nas 8 linhas, utilizámos o
restante feijão que se encontrava furado pelo gorgulho.
Sementeira direta com um Semeador em linha
manual utilizado na sementeira do feijão raiado, sendo as duas outras
variedades, Garrafal Enana e Perolar, semeados à mão.
Estados fenológicos
Germinação/
Emergência
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30/03/2016 |
![]() |
30/03/2016 |
Desenvolvimento
das folhas
Duas folhas
inteiras (1º par de folhas) desenvolvidas